Se eu ganhasse R$1,00 a cada vez que ouço que mudanças são processos difíceis e dolorosos, tenho certeza que poderia figurar na lista das pessoas mais ricas do mundo. Claro que eu também teria sido responsável por depositar uma grande quantia nessa conta, porque eu mesma já repeti incansavelmente o quanto os processos de mudança são complexos, dolorosos e frustrantes.
E essa crença torna tudo mais pesado e difícil. Também pudera. Quem vai querer se envolver e se dedicar a algo que é difícil e doloroso?
Eu sei que talvez você esteja meio confusa lendo essas coisas, afinal foi isso que você ouviu a vida toda e até mesmo já viveu suas próprias experiências de se machucar e se frustrar tentando mudar, mas deixa eu lhe explicar melhor o que eu quero dizer.
Mudanças não acontecem como um passe de mágica. Isso é fato. É um processo que envolve tempo, adoção de novos comportamentos e transformação de hábitos. Claro que demanda dedicação e comprometimento, mas daí a ser difícil e doloroso é algo bem diferente.
O que acontece é que as pessoas cometem sérios erros durante esse processo, que, aí sim, transformam suas jornadas em algo difícil, complexo, doloroso e assustador. Além do mais, a sensação de dificuldade (ou até mesmo incapacidade) de mudar afeta muito a sua autoestima. Aí, você já sabe, mexeu com sua autoestima, mexeu comigo.
Por isso, eu decidi entrar em ação e revelar agora quais são os 9 erros que lhe impedem de mudar, bem como a chave para superar cada um deles, para que sua jornada seja leve, tranquila e energizante. Sua autoestima agradece! Vamos lá?
Erro #1 – Não se planejar
Pense comigo, você tem um objetivo, quer mudar alguma coisa em sua vida, maaaas, não dedica muito tempo pensando em como fazer isso. Você se enche de motivação, porém não faz ideia de como chegar lá, ou qual o primeiro passo a ser dado. Diante desse cenário é muito comum acontecerem duas coisas: 1- você sai fazendo as coisas de qualquer jeito e não chega a lugar nenhum, ou 2- você se sente tão perdida que nem mesmo chega a entrar em ação.
O planejamento é essencial e tudo deve partir daí. Entre o seu estado inicial e o objetivo final existe um caminho. E esse caminho é trilhado passo a passo. Portanto, dedique um tempinho para pensar sobre isso, converse com pessoas que já passaram por um processo parecido, pesquise o que precisa ser feito e qual a ordem em que as coisas devem ser trabalhadas. Um processo de coaching também pode ajudar muito a gerar clareza sobre esses passos e sobre sua jornada como um todo.
Nenhuma pessoa sedentária que se dispõe a correr uma maratona simplesmente se levanta do sofá e sai correndo 42 km. É preciso primeiro fazer uma avaliação médica, depois buscar um treinador, começar a caminhar, montar uma planilha de corrida, ir cumprindo meta por meta, até estar preparada para percorrer de forma saudável toda a extensão do percurso.
Deu para entender a importância de se planejar? Caso contrário, você corre o risco de se frustrar e até mesmo se machucar gravemente, assim como possivelmente aconteceria com nosso amigo maratonista.
Erro #2 – Valorizar apenas o resultado final
Esse é um erro que faz com que a pessoa entre uma mentalidade de tudo ou nada. Apenas o resultado final tem valor, apenas ele é o importante e merece ser celebrado. Só que muitas vezes ele ainda está um pouco distante. A desmotivação chega com tudo e a pessoa desiste. Frustrada e chateada, ela abandona o barco e passa a repetir aos quatro ventos como lhe falta força de vontade, ou como essa jornada é pesada e difícil demais.
Só que tudo poderia ser muito diferente e empolgante para ela, caso aprendesse a curtir o caminho. Lembra do que conversamos agora há pouco, sobre existir um caminho todo feito de pequenos passos? Não basta apenas ter essa consciência, é necessário viver essa experiência. Celebrar cada pequeno passo dado é a chave para se manter motivada durante toda a jornada. Além disso você se perceberá em movimento e isso fortalecerá sua autoconfiança e a sensação de que está evoluindo. Um passo dado e você já não está mais no mesmo lugar.
Talvez você queira fazer uma mudança radical no seu estilo de vida, incorporando novos hábitos de alimentação e atividade física. A cada dia você terá motivos para celebrar e perceber sua evolução, comemorando, por exemplo, o fato de se hidratar melhor e beber seus primeiros 2 litros de água ao dia. Dado esse passo, você se sentirá mais forte para dar o próximo, que pode ser ingerir uma porção de fruta todos os dias no café da manhã.
E assim, passo a passo, você vive uma grande transformação, de forma sustentável e celebrando cada momento. É possível que durante sua jornada, você dê algum passo em falso, que não consiga cumprir uma meta ou cometa deslizes (é vida real que chama, ok?). Mas, ao valorizar e se fortalecer a cada passo, quando esse momento chegar você estará fortalecida e confiante na sua capacidade de viver a tão desejada mudança. Você tratará a si mesma com empatia e autocompaixão, percebendo que foi apenas um momento difícil, que ele também faz parte da jornada e não significa um fracasso, mas, sim, um novo aprendizado.
Erro #3 – Não se comprometer com a mudança
Não estou falando aqui apenas de força de vontade. O comprometimento vai muito além disso. É sobre ter a consciência do seu porquê, ter clareza do impacto que essa mudança trará em sua vida (e do impacto que não mudar provocará em sua vida) e estar totalmente conectada com ela, desejando intensamente que ela aconteça e fazendo o que precisa ser feito para isso.
Quando não se está comprometida com a mudança é muito fácil procrastinar, deixar para lá e, o pior de tudo, enganar a si mesma, dizendo uma coisa e agindo de forma totalmente oposta. Sem comprometimento não dá para chegar muito longe.
Outra questão relevante é que em alguns momentos você precisará renunciar a coisas e comportamentos antigos que lhe causem algum tipo de prazer imediato e dos quais você não se sinta muito disposta a abrir mão. O comprometimento também lhe ajudará nessas situações, permitindo-lhe negociar consigo mesma e com algumas situações. Isso porque ele lhe dará um panorama geral, tanto dos motivos pelos quais você escolheu a mudança, quanto do que acontecerá no futuro se você não mudar agora. Isso lhe dará forças para superar algumas provações, ou então encontrar soluções alternativas para ter prazer e não precisar renunciar a tudo o que gosta, a fim de que a mudança seja sustentável.
Um exemplo: a pessoa que deseja mudar seus hábitos alimentares, mas ama doce. Ter o comprometimento com a mudança faz com que ela compreenda o que acontecerá com sua saúde se as coisas continuarem como estão. Mas o doce é muito importante para ela, dessa forma, ela negocia consigo mesma e encontra uma forma de ter o seu prazer alimentar e continuar em movimento, ela comerá um doce após o almoço e satisfará sua vontade, sem desistir da jornada.
Seu comprometimento fez com que ela encontrasse uma solução alternativa, para que ela permanecesse engajada com a mudança, sem abrir mão do que gosta.
Erro #4 – Agir pela motivação errada
Preste bastante atenção no que vou lhe dizer agora, pois será um divisor de águas na sua vida. Toda atitude nossa passa um recado para nosso inconsciente. E esses recados vão moldando nosso autoconceito e autoestima.
Por isso, a motivação que você escolhe para vivenciar sua mudança pode causar sérios danos à sua autoestima e felicidade. Por exemplo, você decide dar uma guinada na sua vida financeira. Após ouvir críticas e até piadas dos seus familiares sobre suas finanças, você decide virar o jogo e recuperar as rédeas da sua conta bancária. Livrar-se das dívidas, sair do cheque especial, voltar ao azul, ver dinheiro sobrando na conta e fazer bons investimentos com ele, essas são suas novas prioridades. Até aí, tudo lindo. O problema é que você decidiu fazer tudo isso para provar para sua família que você é capaz e jogar seu sucesso na cara de todos que riram de você.
Agora sim, temos um problema. Sabe por quê? Quando decide agir para mostrar aos outros que você é capaz, cada ação sua reforça um pensamento e sentimento de incapacidade. Quem sabe da sua própria capacidade não precisa provar nada para ninguém. Mas, você se identificou com as mensagens de deboche e crítica, e em vez de deixar essa história no passado e viver uma superação, você reforça tais mensagens, nutrindo, no seu íntimo, a ideia de que você é incapaz. Dessa forma, mesmo alcançando resultados externos positivos, sua autoconfiança e autoestima sempre será fragilizada e há chances de que você cometa atos de autossabotagem e volte a repetir os padrões de endividamento e escassez.
É possível cultivar um outro cenário, mantendo o mesmo resultado externo positivo e cultivando um autoconceito positivo. Isso depende da motivação correta. Nessa mesma situação de endividamento, sendo alvo de críticas e deboches familiar, você decide virar o jogo. Só que dessa vez não será para provar nada para ninguém. Você decide mudar porque se reconhece merecedora de prosperidade, confia na sua capacidade de criar um novo cenário para sua vida financeira e se compromete com essa mudança porque deseja intensamente viver em uma nova realidade. Assim, a cada ação sua, será reforçada a mensagem interior de capacidade e merecimento. Quando o resultado acontecer, ele será muito valioso, mas nem se comparará às riquezas internas que você escolheu cultivar.
Deu para entender a importância de agir pela motivação correta? Portanto, avalie sempre o que está por trás dos seus comportamentos. Para isso, basta se perguntar “o que essa atitude está falando para mim, sobre mim?”.
Erro #5 – Não cuidar da sua autoestima
Como você pode perceber até agora, o processo de mudança requer comprometimento e autorresponsabilidade. Isso significa estar na liderança da sua própria vida e confiar em si mesma, na sua capacidade de se superar e fazer diferente, de escolher um novo destino para você, independentemente do que lhe tenha acontecido até então. Também envolve a certeza do seu merecimento de amor, felicidade, sucesso e uma vida feliz, além de reconhecer suas habilidades e limitações, seus pontos fortes e fraquezas, sabendo pedir ajuda quando for preciso.
Pode até não parecer, mas eu praticamente acabo de definir o que é autoestima. Logo, quando não cuida da sua autoestima, suas chances de sucesso nessa jornada de mudança se reduzem muito. Isso sem falar do grande risco de cultivar atos de autossabotagem.
Deixe-me lhe explicar melhor como isso funciona. Autossabotagem é quando você entra na sua própria frente e cultiva atitudes que lhe impedem de atingir os resultados que gostaria. Claro que isso tudo acontece em um nível mais sútil. Não é como se você dissesse “vou fazer isso aqui para me prejudicar”. Esses atos são como um ponto cego em sua vida. Você pensa que está comprometida e se dedicando, mas sempre acontece alguma coisa que lhe afasta dos seus resultados. Dessa forma, você passa a acreditar que aquela mudança não é para você, que as coisas são muito difíceis ou que simplesmente não dá conta de levar adiante, seja por incapacidade ou por azar.
Autossabotagem é o nome disso. Vou dar um exemplo para mostrar como funciona na prática. Você deseja mudar os seus hábitos de sono e quer dormir mais cedo, especificamente às 22h, para despertar às 06h e fazer suas atividades pela manhã com calma, para chegar bem-disposta e pontualmente no trabalho. Tudo lindo na teoria, você sabe exatamente o que precisa ser feito, tem até um cronograma para seguir de forma a realizar suas tarefas e se acalmar para adormecer às 22h, mas, na hora de entrar em prática, você se enrolou. Ficou mexendo no celular e, quando se deu conta, já era meia-noite e nada estava preparada para o dia seguinte. Mais uma vez você foi dormir tarde, desativou o despertador pela manhã sem perceber e por isso, foi obrigada a sair às pressas, sem se alimentar e chegou novamente atrasada no trabalho.
Essas atitudes acontecem pelo seguinte motivo. Nossa mente se divide basicamente em consciente e inconsciente. O primeiro representa 10% da mente e o segundo, 90%. Conscientemente você quer viver uma mudança, mas, no seu íntimo, no inconsciente, você não se sente segura sobre si mesmo, não se sente capaz, nem merecedora dos resultados positivos que aquela mudança trará. Assim acontecem os atos de autossabotagem, como uma forma inconsciente de agir com coerência àquilo que você realmente pensa sobre si mesma.
Para mudar esse cenário, é preciso cuidar da sua autoestima. Para que sua autoconfiança e sensação de merecimento sempre atuem em seu favor, de modo a construir uma nova realidade para sua vida, sem desistir até conquistar os resultados que você merece.
Além disso, cultivar uma boa autoestima lhe ajudará a ter ciência da sua individualidade. Isso lhe permitirá fazer escolhas e tomar decisões baseadas em quem você é de verdade, sabendo o que pode ou não funcionar para você. Também lhe trará a clareza sobre os seus pontos fortes, quais os recursos você já tem e que poderão ser utilizados nessa jornada e quais ainda precisa desenvolver.
Autoestima é a base de tudo na sua vida e ela não pode ficar de lado, principalmente quando o assunto é a mudança. Veja aqui como eu posso lhe ajudar a cuidar da sua.
Erro #6 – Desistir no primeiro obstáculo
Em qualquer caminho haverá obstáculos. Desistir no primeiro deles é uma ação motivada por vários fatores, como por exemplo, a crença de que a mudança é um processo difícil e doloroso, como já conversamos, e até mesmo devido à baixa autoestima, como acabamos de ver.
Obstáculos sempre aparecerão e isso faz parte de qualquer jornada. Quando isso acontecer, é preciso fazer uma pausa estratégica, reavaliar a situação, identificar o que está acontecendo e precisa ser transformado, ou até mesmo encontrar caminhos alternativos para superá-lo e seguir viagem rumo ao destino feliz que você quer e merece alcançar.
Erro # 7 – Fazer as mesmas coisas e esperar por resultados diferentes
Essa é a definição de insanidade, de acordo com Albert Einstein. Eu posso apostar que você já se frustrou em seus processos de mudança e abandonou a jornada no meio do caminho. Aposto também que, mesmo assim, você, em outro momento decidiu retomar a busca pelo mesmo objetivo, fazendo exatamente a mesma coisa que não funcionou antes. Nem preciso dizer que deu errado de novo, não é mesmo?
Por exemplo, você decide mudar sua saúde. Percebe que está sedentária e isso está lhe fazendo mal. Então, se matricula na academia perto da sua casa, para fazer treinos de musculação três vezes por semana após o trabalho. Você estava tão determinada que até fez o plano anual da academia, pois assim se comprometeria a ir, afinal, estaria pagando e honraria o seu investimento. No segundo mês, você já abandonou a academia. Percebeu que chegava todos os dias cansada após o trabalho, sem energia e só de pensar em ir para aquele lugar lotado, tendo que revezar o uso dos aparelhos, você deixava para o dia seguinte. E, no dia seguinte, a história se repetia e você adiava mais uma vez.
Desse jeito não deu certo. Mas no ano seguinte, lá está você de novo, renovando o plano anual e dizendo para si mesma que agora será diferente, que frequentará os treinos de musculação três vezes por semana, após o trabalho, porque não aguenta mais ser sedentária, ficar com dor nas costas e não dar conta de subir três lances de escada sem os pulmões pedirem socorro.
Tragédia anunciada. Vai dar errado de novo! Simplesmente porque você está fazendo a mesma coisa que antes, esperando um resultado diferente. Treinar musculação após o trabalho, nesses moldes, não funciona para você. Persistir nessa atitude significa repetir o erro e cultivar a frustração. Agora, você deverá tentar algo novo, por exemplo, uma nova modalidade, um outro horário de treino, contratar um personal trainer ou até mesmo chamar uma amiga para irem juntas e uma incentivar a outra.
As mesmas atitudes provocarão os mesmos resultados. Ouça Eistein e não seja insana.
Erro #8 – Ter metas malfeitas
Saber como fazer suas metas é fundamental para que você entre e se mantenha em movimento do jeito certo.
Uma boa meta deve preencher três requisitos: ser específica, realista e temporal.
Específica é a meta que diz exatamente o que você alcançará quando ela for atingida. Por exemplo, ler um livro por mês. Isso é muito diferente de uma meta aberta como “ler mais”. Uma meta sem o atributo da especificidade lhe deixará perdida, sem saber se ela foi ou não atingida. Se você se compromete a ler mais, isso significa que se ler uma página a mais do que lia antes, terá lido mais. É isso que você deseja? Não né? Então, o que é?
Outro problema de deixar a meta aberta é sempre ficar com a sensação de que deveria fazer mais, de que aquilo não é o bastante. Você pode ler dois livros por mês, que sentirá que ainda precisa ler mais.
A segunda característica fundamental da meta é ser realista. Ela deve caber na sua realidade, caso contrário, não será possível cumpri-la. Estabelecer a meta de ler um livro por dia é algo irreal na vida da maioria das pessoas. Pode ser que em um momento específico da sua vida, como por exemplo, nas férias e se o livro for fino, você consiga ler um livro por dia. Mas não é sustentável. Logo, você se frustrará rapidamente e terá a sensação de que não consegue cultivar o hábito de leitura. O problema não é você, mas sim a meta irreal. Portanto, defina uma meta compatível com sua realidade. No meu caso, ler um livro por mês é bastante razoável e realista. E para você?
Por fim, a meta deve ser temporal, ou seja, estar situada em algum momento do tempo, ou então ter dia e hora para acontecer. Quando sua meta fica perdida no tempo, ela será facilmente deixada para depois e não será cumprida.
No exemplo de meta de leitura que estamos utilizando, de um livro por mês, eu tenho o intervalo temporal em que ela deverá ser cumprida, qual seja, um mês. Psosso aprimorá-la ainda mais dizendo que lerei 15 minutos por dia, às 20h, de segunda a sexta-feira. Assim minha meta se torna um compromisso na agenda, com dia e hora para acontecer e eu saberei exatamente se a estou cumprindo devidamente.
Trabalhar com metas específicas, realistas e temporais é o caminho certeiro para dar cada pequeno passo da sua jornada, como conversamos lá em cima.
Erro #9 – Deixar-se levar pelos medos
Sei que muitas pessoas ouvem a palavra “mudança” e são tomadas por calafrios por causa dele: o medo. E aqui entram os medos mais variados, por igualmente variados motivos. Pode ser medo de se frustrar de novo, medo de não dar conta, medo de errar, medo de sofrer e assim por diante.
Tudo o que falei até agora, por si só, já seria suficiente para eliminar todos esses medos, mas como sei o quanto esse tema é importante, resolvi dedicar um espacinho nesse texto para a gente falar sobre isso.
O medo é uma emoção muito democrática: todo mundo sente. Ele é instintivo e muito importante para a nossa preservação e sobrevivência. Caso fôssemos totalmente destemidos, provavelmente a espécie humana já teria sido extinta e não estaríamos aqui conversando agora.
Mas eu me refiro aos medos reais. Quando o assunto é mudança, a maioria desses medos é apenas imaginária e, muitas vezes, frutos dos erros que descrevi até agora.
Por exemplo, o medo de se frustrar ou das coisas darem errado. Você já viu que existem vários caminhos possíveis para chegar a um mesmo objetivo. Caso algum deles não dê certo para você, busque outros, faça coisas diferentes, trace um plano, recalcule a rota e continue até conseguir. A frustração é apenas o resultado de desistir antes de alcançar o que você deseja e isso só depende de você.
O medo de não dar conta, por sua vez, pode ter origem na falta de planejamento, de não conhecer os pequenos passos e deixar de traçar as metas do caminho que tornam as coisas possíveis e mais palatáveis. Pode também decorrer da falta de autoconfiança, caso sua autoestima esteja fragilizada, fazendo você duvidar da sua própria capacidade e merecimento.
Por fim, os medos podem apenas decorrer da crença de que mudanças são processos difíceis e dolorosos, o que espero que já tenha sido descontruído aí na sua cabeça depois de tudo o que conversamos aqui.
Os medos podem ser grandes limitadores do seu sucesso. Mas eles também podem ser usados para o bem. Calma, não fique confusa. O medo da mudança só aparece quando uma coisa é realmente importante para você. Você não tem medo de mudar sua escova de dentes ou a marca das suas meias, não é mesmo? Isso porque essas coisas não são importantes na sua vida. Mas talvez você sinta medo de mudar seus padrões de relacionamento ou sua vida profissional, porque isso sim é relevante e significativo. Dessa forma, o medo pode ser usado como um termômetro do que é importante para você. Ele indicará aquilo que realmente tem valor e significado.
Você passará a sentir gratidão pelos seus medos, ainda que eles se pautem em coisas irreais. Agradeça-os por lhe mostrarem o caminho que faz o seu coração bater mais forte e, na hora de lidar com eles, apenas siga as diretrizes desse texto. Assim, o medo deixará de ser um sentimento paralisante, para se tornar o frio na barriga que mostra o que é significativo para sua vida.
Tenho certeza que se colocar em prática tudo o que eu disse, sua jornada será leve, linda, frutífera e poderosa, como você merece.
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Então, vem comigo!