Eu já quis ser tanta coisa na vida…. Já pensei em ser juíza, escritora, promotora, médica, diplomata, engenheira, química, farmacêutica, jornalista, ginasta, empresária, cozinheira, professora…
Eu fui daquelas que, no momento do vestibular, sofreu horrores por ter que escolher apenas um curso. Sério isso? Um só? Eu tenho que definir hoje, agora, com 17 anos, quem eu quero ser pelo resto da minha vida? (Em uma representação dramática desse momento, consigo até ouvir o eco ao término da minha frase: “vida… vida…. vida…”).
Depois de mais madura descobri que o que eu queria ser de verdade, pelo resto da minha vida, era apenas ser eu mesma. E que “eu mesma” era algo que não cabia em nenhum rótulo, nenhum curso superior, muito menos em uma palavra a ser respondida em um formulário no campo destinado a “profissão”.
Eu mesma era algo muito maior.
Acho engraçado como é possível comprimir o infinito para fazê-lo caber dentro de duas pequenas letrinhas: EU.
Ser eu mesma era ser infinita.
Não tinha uma decisão mais fácil, Carolina? Por que não advogada? Por que não juíza, para realizar o sonho da sua mãe? Tinha que querer ser você mesma, né? Só para contrariar, aposto.
Não. Não foi pra contrariar ninguém, mas é que depois de uma vida inteira tentando agradar, ainda me faltava algo. Na verdade, ainda me faltava tudo. Ainda me faltava um sentido para viver. Ainda faltava sentir que eu pertencia ao mundo, que eu era alguém de verdade e não só mais um produto do meio.
Olha, se eu disser que foi fácil, estarei mentindo descaradamente para você, e você sabe que não sou dessas, né? Foi difícil, foi muito difícil.
Sem sombra de dúvidas não há nada mais trabalhoso do que ser você mesmo em um mundo que quer que você seja qualquer outra coisa, menos autêntico.
De repente eu percebi que não fazia ideia do que ser eu mesma significava. Em que ponto da minha vida eu abandonei a minha essência para corresponder às expectativas dos outros? Talvez com dois anos de idade. Ou será que terá sido com menos ainda?
De todas as decisões que tomei, qual delas partiu verdadeiramente de mim e qual delas veio sei lá de onde e sei lá pra quê?
Deu pra perceber o tamanho da encrenca, né?
Mas também preciso confessar que, apesar de muito difícil, nunca vivi nada mais mágico em toda minha vida. Eu renascia a cada dia, me deslumbrava a cada nova descoberta e vi minha vida ser tomada pelo encantamento de uma criança que se depara com o novo a todo momento.
Eu tinha um mundo de possibilidades bem ali, dentro de mim.
Descobri, também, que essa jornada nunca terá fim, porque viver é um eterno conhecer-se. E isso, ao invés de me desanimar, me revigora ainda mais, pois sei que aquele encantamento infantil, enquanto eu viver, fará meu coração vibrar e bater mais forte a cada nova descoberta desse mundo novo chamado EU!
Oi, eu sou a Carol, nem médica, nem juíza, nem advogada, nem escritora, nem mesmo Coach, simplesmente Eu Mesma!
E você? Sabe quem você é de verdade? Tá a fim de descobrir? Conta pra mim! Deixe um comentário aqui embaixo ou mande um e-mail para carol@entaovemcomigo.com.br Se você quiser mesmo, eu posso te ajudar a se encontrar!